sábado, 24 de abril de 2010

Isomorfismo e Polimorfismo



- Isomorfismo: verifica-se quando ocorrem variações ao nível da composição química dos minerais sem, contudo, se verificarem alterações na estrutura cristalina. Substâncias com estas características designam-se por substâncias isomorfas. A um conjunto de minerais como estes chama-se série isomorfa ou solução sólida e os cristais constituídos designam-se por cristais de mistura, misturas sólidas ou misturas isomorfas. Um exemplo de minerais que constituem uma série isomorfa é o das plagióclases, que são silicatos em que o Na+ e o Ca2+ se podem intersubstituir.







- Polimorfismo: verifica-se quando os minerais têm a mesma composição química, mas estruturas cristalinas diferentes.



sexta-feira, 23 de abril de 2010

Processos de formação de minerais



Os principais factores que influenciam a cristalização são: a temperatura, o tempo, a agitação do meio, o espaço disponível e a natureza do próprio material. A estrutura cristalina implica uma disposição ordenada dos átomos ou iões, que formam uma rede tridimensional que segue um modelo geométrico característico de cada espécie mineral. A rede é constituída por unidades de forma paralelepipédica que constituem a malha elementar ou motivo cristalino, que se repetem. Num cristal, os nós correspondem às partículas elementares, as fiadas são alinhamentos de partículas e os planos reticulares são planos definidos por duas fiadas não paralelas.







Por vezes, as partículas não chegam a atingir o estado cristalino. A textura fica desordenada, designando-se a matéria, nestas condições, por textura amorfa ou vítrea.






quinta-feira, 22 de abril de 2010

Magmatismo

As rochas magmáticas ou ígneas são as que resultam da solidificação ou cristalização de material em fusão. Este material – magma – é uma mistura complexa de materiais fundidos, de composição essencialmente silicatada e com uma componente gasoss variável, ocorrendo em locais em que a temperatura atinge valores compreendidos entre os 800 ºC e os 1500 ºC.

Apesar da grande diversidade de rochas magmáticas, os magmas que as originam podem ser enquadrados em três tipos:

- Magmas basálticos (pobres em sílica) – dão origem, por consolidação, aos fundos oceânicos. São expelidos principalmente em riftes e pontos quentes, tendo-se originado a partir de rochas do manto – peridotito. Se estes magmas solidificam em profundidade, dão origem a gabros.

- Magmas andesíticos (composição intermédia) – formam-se nas zonas de subducção e relacionam-se com zonas altamente vulcânicas. A composição destes magmas depende da quantidade e tipo de material subductado. Quando solidificam em profundidade, dão origem a dioritos; quando solidificam à superfície ou perto dela dão origem a andesitos.


- Magmas riolíticos (ricos em sílica) – formam-se a partir da fusão parcial da crosta continental e tendem a ser muito ricos em gases, em zonas de convergência de placas. Em profundidade, dão origem a granitos; à superfície ou perto dela formam riólitos.



quarta-feira, 21 de abril de 2010

Curiosidades da Geologia:

1. Na Islândia, as diferenças de temperatura entre as massa geladas e o calor dos vulcões criam diversos fenómenos naturais. As rochas exalam vapores vulcânicos que esculpem cavernas ou transformam águas geladas em ilhas de água morna no meio do gelo.2. Nos fundos oceânicos existem zonas de intensa actividade vulcânica. Existem as chamadas "fontes quentes", que estão permanentemente a expelir lava e gases. No entanto não são zonas desabitadas, pois milhares de camarões em seu redor, alimentando-se de bactérias que crescem próximo destas nascentes de água quente. Pode ter sido em locais como estes que começou a vida na Terra.3. As rochas mais antigas da superfície da Terra são produto de actividade vulcânica, o que significa que os vulcões estão activos há mais de 3500 milhões de anos.4. O petróleo é uma rocha sedimentar líquida, que tem origem na deposição nos fundos dos oceanos de organismos marinhos, que foram depois cobertos por sedimentos e sujeitos à acção de microorganismos decompositores.5. O topázio é uma pedra preciosa rara, muito utilizada em joalharia. Pode ser incolor ou apresentar uma coloração azul, branca, cinzenta, verde, amarela, castanha, laranja, púrpura ou rosa. No entanto, quando é exposta ao calor e à luz do sol, a sua cor sofre alterações.6. O quartzo é um dos minerais de maior ocorrência no planeta. Pode ser incolor ou, dependendo das impurezas que contém, adquirir tonalidades verdes, castanhas, cor-de-rosa ou azuis. É um mineral com diversas aplicações, sendo utilizado na produção de vidros, em relógios, na iluminação eléctrica, em detergentes e até nas pastas de dentes.

Fonte: http://www.portaldascuriosidades.com/forum/index.php?topic=18516.0

Fósseis cont.

Importância dos fósseis e seus tipos

Os fósseis não têm todos a mesma importância nos estudos geológicos. Uns são indispensáveis para datar acontecimentos a escala mundial, outros para definir ambientes de sedimentação. Por isso, eles foram classificados em dois tipos, de acordo com a sua importância geológica:

Fósseis de idade: Quanto menor tiver sido o tempo em que uma dada espécie existiu, mais fácil se torna definir a idade dos sedimentos onde está incorporada. Assim, os melhores fósseis de idade são aqueles que resultam de organismos que viveram durante um curto período da história da Terra. O facto de uma dada espécie ter existido num curto período de tempo permite datá-la com uma certa precisão e consequentemente os sedimentos onde ficou preservada. São por este motivo chamados fósseis de idade. Portanto, se uma espécie existiu apenas num período de um milhão de anos, sabemos que os sedimentos onde esses fósseis foram preservados também tiveram que ter sido formados nesse mesmo período de tempo.

Fósseis de fácies: Actualmente, cada espécie tem o seu habitat. Como é o caso dos peixes que só vivem em água embora os e água doce tenham diferentes características dos fósseis de água. Tal como actualmente no passado também existiram espécies com um habitat muito restrito, este tipo de fósseis (que viveram em condições muito restritas) caracterizam muito bem as condições ambientais em que os sedimentos se formaram. Por outro lado, os fósseis de organismos que viveram em condições ambientais muito latas (viveram por exemplo, em ambientes quentes e em ambientes frios), não servem para caracterizar o ambiente em que o sedimento se formou. Por este motivo não são bons fósseis de fáceis.



Princípios estratigráficos

Principio da sobreposição:
Segundo este princípio, os sedimentos mais antigos tem que ficar por baixo dos mais recentes. Assim, numa série normal, qualquer camada é mais moderna do que a que lhe serve de base e mais antiga do que a que lhe fica por cima. Este princípio não se aplica a camadas que estejam deformadas ou invertidas, pois essa deformação deu-se posteriormente à sua formação.
Existem algumas excepções a este princípio. As rochas sedimentares podem sofrer processos de erosão, dobramento e intrusão, que não vão respeitar este princípio.





Principio da continuidade:
Em diferentes pontos da Terra pode haver a mesma sequência estratigráfica, mesmo faltando um elemento tem a mesma idade, ou seja, é a correlação entre estratos distanciados lateralmente.

Principio da idade paleontológica:
A atribuição de uma idade relativa a um estrato (ou a um conjunto de estratos) e a comparação de ambientes de sedimentação só se tornou possível a partir do século XIX, quando William Smith enunciou o princípio da identidade paleontológica, onde mencionava “se os estratos possuírem os mesmos fósseis, então formaram-se mais ou menos ao mesmo tempo e em áreas com ambientes semelhantes”.
É com base neste princípio que se procura estudar aprofundada mente a história da Terra.

Principio da intersecção e principio da inclusão:
Sempre que uma estrutura é intersectada por outra a que intersecta é mais recente.
O estrato que apresenta a inclusão é mais recente que os fragmentos do estrato incluído.

Principio da horizontalidade:
Os sedimentos depositam-se em camadas horizontais, pelo que, qualquer fenómeno que altere essa horizontalidade é sempre posterior à sedimentação.

Principio do actualismo e das causas actuais:
As causas que provocaram determinados fenómenos são idênticas às que provocaram os mesmos fenómenos no presente.



Fontes:Http://www.uc.pt/fossil/pags/sedime.dwt


Reflexão:
Podemos concluir que o estudo dos fósseis é bastante importante para conhecer o passado da história da Terra, bem como determinar a idade relativa de várias sequências estratigráficas. Para o estabelecimento da idade relativa dos estratos são fundamentais determinados Princípios, como o principio da sobreposição, o principio da continuidade e o principio da idade paleontológica. Durante o século XIX e XX os geólogos organizaram uma escala do tempo geológico, considerando diferentes unidades temporais, que correspondem a determinadas formações estratigráficas.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Copérnico é o pai da Geologia



Estudo publicado na «Geology» atribui ciência ao astrónomo polaco
Copérnico foi o primeiro a pensar na Terra como planeta
A história da Terra é longa, mas “muitos geólogos pensam na Geologia como uma ciência jovem que surgiu por volta de 1800, dois séculos após a Revolução Copérnica, em astronomia e física, é que se eleva a ciência moderna”. Dois investigadores, um português (Henrique Leitão)e um norte-americano, atribuem agora o início da viagem da Geologia como ciência a Copérnico, há mais de 500 anos, num estudo publicado na revista «Geology» – que já tem ecoado em vários meios de comunicação internacionais.

Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=41125&op=all#cont
Reflexão : Podemos então, agradecer a Copérnico pela Terra ser um planeta.

Fósseis



Fósseis são restos ou vestígios preservados de animais, plantas ou outros seres vivos em rochas, como moldes do corpo ou partes deste, rastros e pegadas. A totalidade dos fósseis e sua colocação nas formações rochosas e camadas sedimentares é conhecido como registro fóssil. A palavra "fóssil" deriva do termo latino "fossilis" que significa "ser desenterrado". A ciência que estuda os fósseis é a Paleontologia. A fossilização raramente ocorre porque a matéria orgânica dos seres vivos tende a ser rapidamente decomposta. Logo, para que um organismo seja fossilizado, os restos devem ser cobertos por sedimentos o mais rápido possível. Existem diferentes tipos de fósseis e diferentes processos de fossilização.



Tipos de fossilização

Para que se dê a fossilização é necessário que o organismo fique rapidamente ao abrigo dos agentes de erosão, o que acontece quando este ou algumas das suas partes constituintes ou os seus restos são rapidamente cobertos por sedimentos. Este processo desenvolve-se em quatro fases:
1- Quando morreram os animais depositaram-se no fundo do mar sendo rapidamente cobertos por sedimentos;
2- Ao ficarem incorporados nos sedimentos sofreram os mesmos fenómenos de diagénese e metamorfismo, fossilizando;
3- As rochas onde os fósseis se encontram incorporados sofrem modificações que fazem elevar alguns estratos;
4- Os fósseis, devido à erosão ou a outros factores aparecem a superfície alguns milhões de anos mais tarde.



Os tipos de fossilização são:

Moldagem:
As partes duras dos organismos vão desaparecendo deixando nas rochas as suas marcas (impressões), ou seja, o organismo é destruído mas o molde persiste.
Como é conhecido existem dois tipos principais de moldes, o externo em que a concha fica imprimida nos sedimentos sendo posteriormente removida, e o interno em que os sedimentos cobrem a concha que depois é removida ficando apenas o molde da superfície interna. Existem ainda o contra-molde que é o molde do molde externo.






Mumificação:
Os restos dos organismos preservam-se total ou parcialmente, normalmente em materiais como o âmbar, o gelo, resina fóssil.



Mineralização:
As partes duras dos organismos tais como ossos, conchas desaparecem ficando no lugar deles minerais. São transportados em águas subterrâneas. Os troncos das árvores são bons exemplos deste tipo de fossilização.




Marcas fósseis:
São pegadas, marcas de reputação ou até fezes fossilizadas.