quinta-feira, 29 de abril de 2010

Escala do tempo geológico continuação


Eon Fanerozóico




O bombardeio cósmico voltou na Era Paleozóica, entre 500 e 400 milhões de anos atrás, correspondendo à chamada explosão câmbrica. Diversas criaturas pluricelulares complexas, como os metazoários, desenvolveram-se principalmente nos mares, evoluindo para os peixes, anfíbios e répteis, e, posteriormente, “deram lugar” aos primatas e à espécie humana. Invertebrados ancestrais dos aracnídeos e insectos também Multiplicaram. O Eon Fanerozóico divide-se em três eras, sendo elas a Era Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica.



Era Paleozóica


intervalo de tempo que se estende de 570 a 245 milhões de anos atrás, quando surgiram na Terra os primeiros peixes, plantas, animais terrestres e anfíbios. Divide-se em seis períodos.



Período Câmbrico: teve início há cerca de 570 milhões de anos e durou cerca de 70 milhões de anos. Sem grandes perturbações tectónicas, o Câmbrico apresenta, nas suas rochas mais antigas, um grande número de fósseis com partes duras e já com certo grau de evolução. Caracterizou-se por uma explosão evolutiva da vida marinha.



Período Ordovícico:
iniciou-se há cerca de 505 milhões de anos e teve duração de quase 70 milhões de anos. A vida era essencialmente marinha: nessa época surgiram os peixes, ao que tudo indica, nas águas doces. As únicas plantas conhecidas do Ordovícico são as algas marinhas. Uma glaciação matou 55% das espécies há 450 milhões de anos.



Período Silúrico:
intervalo de tempo geológico iniciado há cerca de 438 milhões de anos e que durou cerca de 30 milhões de anos, caracterizado pelo surgimento das plantas terrestres.



Período Devónico:
teve início há 408 milhões de anos e durou até cerca de 48 milhões. A fisionomia da Terra era substancialmente diferente da actual, pois havia um gigantesco continente que se localizava no hemisfério sul e outras porções de terra que se encontravam nas regiões equatoriais. A Sibéria estava separada da Europa por um oceano. Durante o período, houve a colisão dos continentes europeu e norte-americano, e muitas regiões sofreram intenso vulcanismo e movimentos sísmicos. A evolução dos animais aquáticos no período valeu-lhe também o nome de idade dos peixes. A vegetação, modesta no início do período, desenvolveu-se gradualmente e foram aparecendo no Devónico médio, as primeiras florestas. No final do Devónico, grande número de invertebrados marinhos desapareceu sem que se conheça o motivo. A flora do período é, no entanto, relativamente pobre em comparação com a do Período Carbónico.



Período Carbónico: com início há cerca de 360 milhões de anos e duração estimada de 75 milhões de anos. Nesse período os primeiros répteis surgiram e formaram-se grandes florestas em que predominavam os gigantescos grupos de plantas caracterizadas por estarem diferenciadas em raiz, caule e folhas e não se reproduzirem por sementes como também os pântanos, que chegavam a cerca de 30 metros de altura, das quais derivaram espessas camadas de carvão.



Período Pérmico: começou há cerca de 285 milhões de anos e durou cerca de 40 milhões de anos. Através de vários estudos realizados por diferentes instituições e Universidades, conseguiu-se ter provas de que uma extinção maciça aconteceu na Terra entre o Pérmico e o Triásico (transição ocorrida há 250 milhões de anos), eliminando 90% das criaturas marinhas, 70% das espécies vertebradas terrestres e quase todas as formas vegetais, extinção essa causada pelo impacto de um corpo celeste. O choque teria desencadeado uma longa série de erupções vulcânicas, que também teriam contribuído para essa destruição em escala planetária. Grandes movimentos orogénicos resultaram, então, na formação de importantes cadeias de montanhas, inclusive os Apalaches, no leste dos Estados Unidos.





Era Mesozóica



segunda das três principais eras geológicas da Terra. Ocorrida de 245 a 66,4 milhões de anos atrás, abrangeu os períodos Triásico, Jurássico e Cretácico.

Entre 230 e 65 milhões de anos atrás, reinaram na Terra os dinossauros, quando então uma grande calamidade astronómica, no Golfo do México, matou-os de uma vez, sobrando apenas as tartarugas, os crocodilos e os mamíferos. Embora a extinção de 250 milhões de anos atrás tenha sido mais violenta que a dos dinossauros, acredita-se que o asteróide ou cometa tivesse as mesmas proporções nos dois casos: em torno de 10 km de diâmetro. Ao longo de aproximadamente 180 milhões de anos, durante a era Mesozóica, a Terra assistiu ao surgimento dos ancestrais das principais espécies de plantas e animais que existem actualmente.

Segundo teoria do geólogo Alfred Lothar Wegener (1.880-1.930), delineada no início do século XX, há 200 milhões de anos houve a separação da Pangeia – única massa de terra existente até agora – em dois super continentes, Gonduana, ao sul, e Laurásia, ao norte, que deram origem às actuais massas continentais. Essa época registou a evolução de uma flora e de uma fauna bem diversa das que se haviam desenvolvido durante a era Paleozóica e das que surgiriam depois na Cenozóica.

Em meados da era Mesozóica, a Laurásia, que incluía a maior parte da América do Norte e da Eurásia, separou-se totalmente de Gonduana pelo mar de Tétis, no hemisfério sul. Durante o Jurássico, a América do Norte começou a afastar-se dos dois super continentes. No final do Jurássico, a África já tinha começado a separar-se da América do Sul, e a Austrália e a Antárctica já estavam desligadas da Índia



Período Triásico: iniciou-se há cerca de 245 milhões de anos e durou quase 40 milhões de anos. Presentes na Terra desde o período Carbónico, os répteis só dominaram os continentes a partir do Triásico, quando a falta de competição provocou uma evolução explosiva da classe. No período surgiram os primeiros dinossauros, de início pequenos e bípedes.



Período Jurássico:
iniciado há cerca de 208 milhões de anos. Havia na Terra imensas regiões pantanosas e outras desérticas. Na fauna, predominavam os répteis, entre os quais a espécie mais numerosa era a dos dinossauros.



Período Cretáceo: iniciado há cerca de 144 milhões de anos, durou cerca de 77,6 milhões de anos. As rochas cretáceas são de extrema importância para o homem, pois nelas concentra-se grande parte das reservas de petróleo, bem como extensas jazidas de carvão e de outros minerais. O Cretáceo caracteriza-se pela fauna de dinossauros bizarros, tartarugas e crocodilos, répteis voadores, mamíferos como os marsupiais e primatas e os insectívoros, os triconodontes e os multituberculados.

O fim do Cretáceo marcou uma época de crise para a vida, tal como no fim da era Paleozóica. Um intenso vulcanismo iniciou-se, levando a um aquecimento global. As árvores com flores e frutos - angiospermas - diminuíram em 90%, levando a um decréscimo, talvez na mesma proporção, dos dinossauros. Outros grupos de animais decresceram gradualmente e os dinossauros e os répteis voadores extinguiram-se abruptamente no fim do período, devido ao impacto do asteróide na península do Yucatán, no Golfo do México. Essa extinção em massa atingiu também os mamíferos triconodontes e as aves com dentes. Mas as tartarugas, crocodilos e até sapos e salamandras sobreviveram ao impacto. A temperatura, que era a maior desde a grande extinção (5 a 10oC maior que hoje), cai vertiginosamente devido à poeira levantada que encobria o Sol. Ao mesmo tempo ciclos de gigantescas inundações e secas alternaram-se no período, cadeias de montanhas surgiram assim como a secura que predominou no globo.



Era Cenozóica



era geológica que compreende os períodos Terciário e Quaternário. Nela, a fauna e a flora adquiriram suas formas actuais. Iniciada há aproximadamente 66,4 milhões de anos, estende-se até a actualidade. Nos últimos 50 milhões de anos todos as oscilações da temperatura tiveram como origem a posição do Sol em relação à Terra, devido à mudança no eixo de inclinação desta em relação àquele. Ou seja, as glaciações ocorridas tiveram lugar devido às alterações periódicas dessa posição relativa, que varia a cada 41.000 anos. Há 3,6 milhões de anos o gelo cresceu no norte e o planeta ficou mais frio. A África secou desaparecendo assim as matas onde viviam os hominídeos, fazendo surgir o género Homo adaptado a caminhar nos campos. Há 900 mil anos, o actual padrão de glaciações, de 100 mil anos de duração com intervalos de 8 a 40 mil anos, estabeleceu-se.



Período Terciário:
primeiro dos dois períodos da era Cenozóica. Iniciado há 66,4 milhões de anos, abrange cerca de 65 milhões de anos. Foi a época em que surgiram as montanhas e durante o qual a face do planeta assumiu a sua forma actual. Os movimentos sísmicos, então registrados, provocaram o surgimento das grandes cadeias de montanhas que conhecemos hoje, tais como, os Andes, os Alpes, os Himalaias e a cadeia de vulcões localizada na região ocidental da América do Norte.



Período Quaternário: último período da era Cenozóica, marcado pelo aparecimento do homem. Também chamado Antropozóico, abrange cerca de 1,6 milhão de anos. Foram registradas 5 glaciações sucessivas e 4 recuos da camada de gelo, que duraram ao todo cerca de 2 milhões de anos, com a última iniciando-se há 22 mil anos (no seu auge, há 18 mil anos, o gelo chegava à Inglaterra) e terminando há 10 mil anos atrás. Isso afectou excessivamente o desenvolvimento da fauna e da flora no hemisfério norte. Como as outras espécies, os primeiros humanos deslocaram-se em consequência das glaciações mas, ao contrário de algumas delas, adaptaram-se às mudanças e sobreviveram ao que se conhece como a grande idade do gelo. Achava-se que esse primeiros imigrantes humanos a saírem da África fossem os Homo Erectus.




Fontes:http://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_de_tempo_geol%C3%B3gico

Reflexão:
Neste poste estudamos as diferentes eras e períodos do eon Criptozóico e do eon Fanerozóico. Esta informação facilita o estudo geológico e os fenómenos que ocorreram ao longo deste eons.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Deformação das rochas - Falhas e Dobras


Deformação das rochas e o seu comportamento mecânico

As rochas sedimentares e magmáticas quando submetidas a condições de pressão e temperatura diferentes das que presidiram à sua génese, podem sofrer deformação.
Assim, origina-se uma alteração das rochas pela acção de forças de tensão exercidas sobre o material rochoso, com origem na mobilidade da litosfera e no peso de camadas suprajacentes. De acordo com a Teoria da Tectónica de Placas, a litosfera encontra-se fracturada em placas, podendo estas convergir, divergir ou deslizar entre si estando as rochas que as compõem sujeitas assim, a fortes estados de tensão.
A tensão é a força exercida por unidade de área. Em resposta a um estado de tensão as rochas deformam-se, podendo ocorrer a alteração de volume ou alteração da forma das rochas ou, como é comum, alterar simultaneamente os seus volume e forma. As deformações mais comuns apresentam-se sob o aspecto de dobras e falhas. As rochas estão sujeitas a vários tipos de tensões – tensão de compressão, tensão de distensão (ou tensão de torção) e tensão de cisalhamento.

Os materiais rochosos podem apresentar diversos tipos de deformações em resposta às tensões que suportam. Assim, as deformações podem ser elásticas, plásticas ou deformações por ruptura.

As deformações elásticas são proporcionais ao esforço aplicado e são deformações reversíveis, ou seja, quando a força de tensão que provocou a deformação elástica é retirada, o material rochoso volta ao seu estado inicial. Um exemplo de deformação elástica é a sofrida por uma mola ou elástico quando sujeito a tensões.

Quando o limite de elasticidade das rochas é ultrapassado, estas entram em ruptura ou passam a sofrer deformações plásticas, que são irreversíveis, ficando o material rochoso permanentemente deformado. São deformações contínuas, não se verificando descontinuidade entre as partes contíguas do material deformado, tal como acontece nas dobras.

Se o limite de plasticidade das rochas for ultrapassado, estas passam a sofrer deformações por ruptura. As deformações por ruptura são irreversíveis e descontínuas, pois não se verifica continuidade entre as partes contíguas do material rochoso formado, tal como acontece nas falhas. Um exemplo de deformação por ruptura acontece, por exemplo, com o pau de giz quando sujeito a tensão.

O tipo de comportamento que as rochas apresentam, quando estão sob o efeito de tensões, pode ser frágil - quando entram em ruptura, originando falhas - ou dúctil - quando dificilmente entram em ruptura e experimentam deformações permanentes, originando dobras.




De uma forma geral, o comportamento das rochas face às tensões é um comportamento frágil, pois o material rochoso é pouco plástico, entrando facilmente em ruptura, principalmente quando se encontra próximo da superfície.
O comportamento das rochas pode tornar-se dúctil se expostas a temperaturas e pressões elevadas em zonas mais profundas. Em situações extremas de pressão e temperatura, o material rochoso comporta-se de forma semelhante a fluidos muito viscosos.

O comportamento que as rochas apresentam é influenciado pelas condições em que as deformações se processam (tipo de tensão, temperatura, conteúdo em fluidos, tempo de actuação da tensão e composição e estrutura das rochas):
- A tensão que actua sobre as rochas pode ser confinante (litostática) ou dirigida (não litostática). A tensão confinante resulta do peso das camadas suprajacentes e aumenta a ductibilidade da rocha, tornando-a mais resistente à ruptura. A tensão dirigida ocorre quando um corpo está sujeito a forças de intensidade diferente em diversas direcções.
- O aumento da temperatura aumenta a plasticidade das rochas. Como a temperatura aumenta com a profundidade, tal como a pressão, as rochas mais profundas manifestam um comportamento mais dúctil.
- As rochas com um maior conteúdo em fluidos apresentam uma maior plasticidade.
- O tempo de actuação das forças sobre as rochas pode, em princípio, aumentar a sua plasticidade se for longo.
- Alguns aspectos estruturais das rochas podem aumentar a sua plasticidade, como, por exemplo, a xistosidade (termo que será explicado posteriormente).

Os mecanismos de deformação das rochas estão associados, normalmente, a diferentes tipos de limites tectónicos.
No limite tectónico convergente, actua uma tensão de compressão, que altera o volume das rochas, reduzindo-o. Neste caso, se o comportamento da rocha for frágil, origina-se uma falha compressiva; se o comportamento for dúctil, forma-se uma dobra.
No limite tectónico divergente, actua uma tensão de distensão ou de torção, que altera a forma da rocha, alongando-a ou fracturando-a. Se o comportamento da rocha for frágil, forma-se uma falha distensiva; se o comportamento for dúctil ocorre estiramento.
No limite tectónico transformante, actua uma tensão de cisalhamento, que provoca movimentos paralelos em sentidos opostos. Ocorre quando a rocha é fracturada em finas camadas, que deslizam umas em relação às outras.





É de realçar que o comportamento frágil ou dúctil de uma determinada rocha depende das condições ambientais, nomeadamente das condições de pressão e temperatura. A mesma rocha pode ser frágil a pequena profundidade e dúctil a grande profundidade. Por exemplo, o vidro, quando aquecido, torna-se moldável, isto é, adquire um comportamento dúctil.


terça-feira, 27 de abril de 2010

Ciclo das Rochas


Fontes:http://sites.google.com/site/geologiaebiologia/_/rsrc/1221203547331/s%C3%A9timo-ano/dinamica-externa-da-terra/ccc.jpg

Reflexão: Através do ciclo das rochas podemos ver desde a sua formação até darem origem a uma nova rocha. E vemos como diferentes tipos de rocha dão origem a rocha diferentes.

Série Reaccional de Bowen

Série que traduz a sequência pela qual os minerais cristalizam num magma em arrefecimento. Segundo Bowen, existem duas séries de reacções que se designam, respectivamente, por série dos minerais ferromagnesianos (ramo descontínuo) e série das plagióclases (série contínua). No ramo descontínuo, à medida que se verifica o arrefecimento, o mineral anteriormente formado reage com o magma residual, dando origem a um mineral com uma composição química e uma estrutura diferente, e que é estável nas novas condições de temperatura. No ramo contínuo, verifica-se uma alteração nos iões da plagióclase, sem que ocorra alteração da estrutura interna dos minerais.
São várias as formas pelas quais os cristais originados podem ser separados do líquido residual. Se a pressão comprime o local onde se formam os cristais, o líquido residual tende a escapar por pequenas fendas, enquanto que os cristais ficam no local da sua génese. Se os cristais são mais densos ou menos densos do que o líquido residual, eles deslocam-se para o fundo ou para o cimo da câmara magmática, respectivamente. Acumulam-se por ordem da sua formação e das suas densidades – diferenciação gravítica. As últimas fracções do magma, constituídas por água com voláteis e outras substâncias em solução constituem as soluções hidrotermais e podem preencher fendas das rochas, dando origem a filões.







Fonte: http://soraiabiogeo.blogs.sapo.pt/10098.html

Reflexão: Com estas postagens sobre o magmatismo, o nosso objectivo foi sintetizar a matéria abordando-a de forma simples. Assim damos a perceber a formação do magma e os benefícios que nos trazem. Englobamos também os minerais pois estes são formados através dos vários tipos de magma. Explicamos cada tipo, como se formam e onde existem com mais abundância.
Baseamo-nos em imagens de esquemas para facilitar o estudo.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Diferenciação magmática

Um só magma pode dar origem a diferentes tipos de rochas, visto ser constituído por uma mistura complexa que, ao solidificar, forma diferentes associações de minerais. Um dos processos envolvidos na diferenciação magmática é a cristalização fraccionada. Quando o magma arrefece, minerais diferentes cristalizam a temperaturas diferentes, numa sequência definida que depende da pressão e da composição do material fundido. A fracção cristalina separa-se do restante líquido, por diferenças de densidade ou efeito da pressão, deixando um magma residual diferente do magma original. Assim, um mesmo magma pode originar diferentes rochas.


domingo, 25 de abril de 2010

Escala do tempo geológico

Eon Criptozóico

Era Pré-Câmbrica


Intervalo de tempo correspondente a 80% da história geológica da Terra. Iniciado há cerca de quatro biliões e seis milhões de anos e encerrado há 570 milhões de anos. Divide-se em dois períodos: o Arcaico e o Proterozóico.



Período Arcaico: o planeta tinha uma atmosfera rica em CO2 e uma temperatura de superfície de cerca de 1.000oC. Aos poucos e poucos a crosta endureceu e formaram-se os oceanos. Nesse Período ocorreu uma chuva de meteoros que terminou há 4 biliões de anos e o surgimento de vida aquática na Terra, surgiu por volta de 3,85 biliões de anos atrás. Os organismos eram organismos unicelulares, sem membrana nuclear – procariontes –, capazes de sobreviver aos altos níveis de radiação solar existentes na atmosfera sem oxigénio e sem camada do ozono.

Até aos nossos dias, os fósseis mais antigos encontrados na Terra - achados no Arizona (EUA) – tinham 1,2 biliões de anos. Mas, a vida evoluiu, deixando o meio aquático e passando para o meio terrestre talvez há 2,6 biliões de anos. Para chegar a essa conclusão, Yumiko Watanabe, por meio de uma série de métodos geoquímicos, encontrou um tipo de solo, datado de 2,6 a 2,7 biliões de anos, contendo carbono orgânico. A pesquisadora afirma que o carbono orgânico representa restos de microrganismos que se desenvolveram sobre o solo. Isso aponta para a possibilidade do desenvolvimento de uma atmosfera rica em oxigénio anterior a essa data. “O desenvolvimento da camada de ozono, que protege a vida na Terra das radiações cósmicas, requer uma atmosfera rica em oxigénio. Isso significa que essa camada tem que ter surgido há mais de 2,6 biliões de anos”, afirma Hiroshi Ohmoto, outro autor do estudo e director do Centro de Pesquisa em Astrobiologia. O surgimento da camada de ozono marca o início da diminuição da temperatura terrestre.



Período Proterozóico: situado entre 2,5 biliões e 570 milhões de anos atrás. Aos organismos unicelulares do Arcaico sucederam-se, no Proterozóico, os organismos eram unicelulares ou não possuidores de membrana nuclear – eucariontes – que, para seu crescimento, usavam o oxigénio existente na atmosfera, cada vez em maior quantidade. Formas de vida simples e invertebradas, começaram a aparecer no fim da Era Pré – Câmbrica seguindo-se de organismos pluricelulares com células diferenciadas em tecidos e órgãos – metazoários.

Sabe-se que há aproximadamente 800 milhões de anos, quando na Terra existia apenas um imenso continente, ocupando todo o pólo sul do planeta, a Rodínia, o planeta começou a congelar, de forma que entre 730 e 630 milhões de anos atrás a Terra virou uma “bola de neve”, com uma capa de gelo que chegava a 5 quilómetros de espessura (-110oC). O fenómeno quase acabou com todos os seres pluricelulares simples que tinham acabado de surgir no planeta, sobrevivendo apenas os que habitavam numa delgada faixa de mar na linha do Equador, que teria permanecido a 10oC. Após esse período emergiram continentes e formaram-se cinturões orogénicos à margem e entre os blocos continentais.

sábado, 24 de abril de 2010

Isomorfismo e Polimorfismo



- Isomorfismo: verifica-se quando ocorrem variações ao nível da composição química dos minerais sem, contudo, se verificarem alterações na estrutura cristalina. Substâncias com estas características designam-se por substâncias isomorfas. A um conjunto de minerais como estes chama-se série isomorfa ou solução sólida e os cristais constituídos designam-se por cristais de mistura, misturas sólidas ou misturas isomorfas. Um exemplo de minerais que constituem uma série isomorfa é o das plagióclases, que são silicatos em que o Na+ e o Ca2+ se podem intersubstituir.







- Polimorfismo: verifica-se quando os minerais têm a mesma composição química, mas estruturas cristalinas diferentes.