terça-feira, 23 de março de 2010

Rochas Sedimentares

Rochas Sedimentares

O volume que as rochas sedimentares ocupam na constituição da crosta é de apenas 5%. No entanto, este tipo de rochas cobre uma extensa superfície, ocupando mais de 75% da área dos continentes. Além da utilização de materiais sedimentares para o fabrico de cimento, muitas outras rochas sedimentares são recursos importantes no fabrico dos mais diversos produtos, como, por exemplo, o vidro e as peças de olaria.

O processo de formação das rochas sedimentares está intimamente ligado à origem, transporte e deposição dos materiais que as constituem. Estes materiais foram transportados pela água, pelo vento ou pelo gelo, sendo posteriormente depositados. Os ambientes onde pode ocorrer a formação de rochas sedimentares são os mais variados.


Ambientes de Formação




As rochas sedimentares, como já sabes, são registos excepcionais das condições existentes no passado à superfície da Terra, no momento da sua formação. Usando as evidências fornecidas por estas rochas, os geólogos podem realizar "viagens" ao passado geológico da Terra.

A história de uma rocha sedimentar começa com a formação dos materiais que a vão constituir. Muitas das rochas que se encontram expostas à superfície terrestre estão, frequentemente, em desequilíbrio com o meio, já que se formaram em condições muito diferentes daquelas a que presentemente estão sujeitas.


Génese das Rochas Sedimentares

Deste modo, agentes como a água, o vento e os seres vivos alteram ao longo do tempo as várias rochas que a eles estão expostas. Essas rochas ficam sujeitas a processos físicos e químicos que provocam a sua alteração, sendo este mecanismo denominado genericamente por meteorização. Após a meteorização ocorre a erosão, ou seja, dá-se a remoção, normalmente seguida de transporte das partículas resultantes da meteorização. Essa remoção e transporte é fundamentalmente feita através da água e do vento, e as partículas ou fragmentos são designados genericamente por detritos ou clastos.

A duração do transporte depende do peso dos detritos e da velocidade do agente transportador. Durante este processo os materiais continuam a ser alterados e erodidos, tornando-se cada vez mais arredondados e pequenos, o que permite ao geólogo perceber a duração do transporte e a força do agente que o realizou.





Os detritos, quando a velocidade do agente transportador diminui, acabam por se depositar, devido ao seu próprio peso, constituindo sedimentos, sendo o processo denominado sedimentação.

Originam-se assim camadas sucessivas e sobrepostas de materiais sedimentares, que, como já sabes, formam os estratos. A estratificação é a disposição em camadas, inicialmente paralelas e horizontais, dos materiais que constituem as rochas sedimentares.

Após a deposição, os sedimentos experimentam um conjunto de fenómenos físicos e químicos que transformam os sedimentos soltos em rochas sedimentares coesas, sendo este mecanismo designado por diagénese.

Se as condições de sedimentação se mantiverem, os sedimentos vão sendo cobertos por novos materiais que se depositam. Devido à compressão provocada pelo peso dos materiais que se encontram nas camadas superiores, os sedimentos tornam-se mais compactos e expulsam a água que contêm.

A compactação acentua a estratificação e certos minerais tabulares podem começar a ficar alinhados devido à pressão que suportam. Os espaços vazios ainda existentes entre os sedimentos podem ser preenchidos por substâncias resultantes da precipitação de materiais dissolvidos na água de circulação. Essas substâncias constituem um cimento e vão ligar os sedimentos, formando-se uma rocha sedimentar coesa (agregada ou consolidada).

De acordo com a natureza dos sedimentos, podem considerar-se três grupos de rochas sedimentares:

rochas sedimentares detríticas,
rochas sedimentares quimiogénicas (de origem química)
rochas sedimentares biogénicas (bioquímicas)

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