domingo, 25 de abril de 2010

Escala do tempo geológico

Eon Criptozóico

Era Pré-Câmbrica


Intervalo de tempo correspondente a 80% da história geológica da Terra. Iniciado há cerca de quatro biliões e seis milhões de anos e encerrado há 570 milhões de anos. Divide-se em dois períodos: o Arcaico e o Proterozóico.



Período Arcaico: o planeta tinha uma atmosfera rica em CO2 e uma temperatura de superfície de cerca de 1.000oC. Aos poucos e poucos a crosta endureceu e formaram-se os oceanos. Nesse Período ocorreu uma chuva de meteoros que terminou há 4 biliões de anos e o surgimento de vida aquática na Terra, surgiu por volta de 3,85 biliões de anos atrás. Os organismos eram organismos unicelulares, sem membrana nuclear – procariontes –, capazes de sobreviver aos altos níveis de radiação solar existentes na atmosfera sem oxigénio e sem camada do ozono.

Até aos nossos dias, os fósseis mais antigos encontrados na Terra - achados no Arizona (EUA) – tinham 1,2 biliões de anos. Mas, a vida evoluiu, deixando o meio aquático e passando para o meio terrestre talvez há 2,6 biliões de anos. Para chegar a essa conclusão, Yumiko Watanabe, por meio de uma série de métodos geoquímicos, encontrou um tipo de solo, datado de 2,6 a 2,7 biliões de anos, contendo carbono orgânico. A pesquisadora afirma que o carbono orgânico representa restos de microrganismos que se desenvolveram sobre o solo. Isso aponta para a possibilidade do desenvolvimento de uma atmosfera rica em oxigénio anterior a essa data. “O desenvolvimento da camada de ozono, que protege a vida na Terra das radiações cósmicas, requer uma atmosfera rica em oxigénio. Isso significa que essa camada tem que ter surgido há mais de 2,6 biliões de anos”, afirma Hiroshi Ohmoto, outro autor do estudo e director do Centro de Pesquisa em Astrobiologia. O surgimento da camada de ozono marca o início da diminuição da temperatura terrestre.



Período Proterozóico: situado entre 2,5 biliões e 570 milhões de anos atrás. Aos organismos unicelulares do Arcaico sucederam-se, no Proterozóico, os organismos eram unicelulares ou não possuidores de membrana nuclear – eucariontes – que, para seu crescimento, usavam o oxigénio existente na atmosfera, cada vez em maior quantidade. Formas de vida simples e invertebradas, começaram a aparecer no fim da Era Pré – Câmbrica seguindo-se de organismos pluricelulares com células diferenciadas em tecidos e órgãos – metazoários.

Sabe-se que há aproximadamente 800 milhões de anos, quando na Terra existia apenas um imenso continente, ocupando todo o pólo sul do planeta, a Rodínia, o planeta começou a congelar, de forma que entre 730 e 630 milhões de anos atrás a Terra virou uma “bola de neve”, com uma capa de gelo que chegava a 5 quilómetros de espessura (-110oC). O fenómeno quase acabou com todos os seres pluricelulares simples que tinham acabado de surgir no planeta, sobrevivendo apenas os que habitavam numa delgada faixa de mar na linha do Equador, que teria permanecido a 10oC. Após esse período emergiram continentes e formaram-se cinturões orogénicos à margem e entre os blocos continentais.

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