terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Sistemática dos seres vivos

Os sistemas de classificação dos seres vivos têm sofrido grande evolução ao longo do tempo. Os primeiros siste­mas de classificação eram práticos, pois, para além de serem subjectivos e empíricos, ignoravam a realidade bioló­gica dos organismos que pretendiam enquadrar, servindo, sobretudo, propósitos utilitários. Pelo contrário, os siste­mas de classificação racionais utilizam como critério as características intrínsecas dos seres vivos. Considerados como sistemas de classificação artificiais, desde a Grécia Antiga até Lineu (séc. XVIII), por se basearem num redu­zido número de características, estes sistemas foram aumentando o número de características utilizadas como cri­tério de classificação, passando, por isso, a ser entendidos como sistemas de classificação naturais. As primeiras classificações naturais, características de um período compreendido entre Lineu e Darwin, reflectem, sobretudo, afi­nidades morfológicas, não considerando as relações evolutivas dos organismos ao longo do tempo. Por este facto designam-se por classificações horizontais. O período pós-darwiniano foi, sobretudo, caracterizado pelo apareci­mento e desenvolvimento de sistemas de classificação filogenéticos. Estas classificações procuram exprimir rela­ções evolutivas entre os grupos, mais do que afinidades morfológicas, fazendo-o tanto através de árvores filogenéticas como de cladogramas. Pelo facto de traduzirem o carácter dinâmico ao longo do tempo, associado ao processo evolutivo, estas classificações são consideradas classificações verticais.





O processo de classificação pressupõe a definição prévia de critérios e de regras de nomenclatura utilizadas na designação das categorias taxonómicas. Algumas destas categorias, também designadas por níveis taxonómicos ou taxa (plural de taxon), foram primeiro propostas por Lineu, tendo outras sido posteriormente acrescentadas. No sistema de classificação de Lineu e em todos os que se lhe seguiram, as categorias taxonómicas estão organizadas de forma hierarquizada, caracterizada por uma homogeneidade decrescente e uma amplitude crescente ao longo da série seguinte de categorias: espécie, género, família, ordem, classe, filo e reino.



De entre as regras de nomenclatura mais significativas destaca-se a designação ou nomenclatura binominal de espécie. Esta regra de nomenclatura proposta por Lineu estabelece a atribuição de dois nomes à espécie, sendo o primeiro iniciado por maiúsculas, o nome do género, e o segundo, que deverá ser sempre acompanhado pelo pri¬meiro e escrito em minúsculas, o restritivo ou epíteto específico. Se manuscrito, o nome da espécie deve ser subli¬nhado. Uma designação mais completa contará com o nome do autor e o ano de classificação.



Utilizando como critérios de classificação os níveis de organização estrutural, os tipos de nutrição e as interacções nos ecossistemas, Whittaker propôs, em 1979, uma reformulação do seu anterior sistema de classificação. De acordo com este sistema de classificação modificado, os seres vivos são agrupados em cinco reinos: Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animalia, passando o Reino Protista a integrar as Algas. A inclusão de seres pluricelulares no Reino Protista leva alguns autores a sugerir a alteração da designação para Protoctista.



Sistemas de classificação posteriores vieram propor a criação de grupos superiores ao reino, designados por super-reinos ou domínios. Alguns propõem a criação de dois domínios: Procariontes e Eucariontes. Dentro do Domínio dos Procariontes, o Reino Monera com dois sub-reinos: Arqueobactérias e Eubactérias, e no domínio dos Eucarion¬tes os quatro reinos: Protoctista, Fungi, Plantae e Animalia.



Fonte: http://sites.google.com/site/geologiaebiologia/Home/biologia-e-geologia-11%C2%BA/sistemtica-dos-seres-vivos-1

Reflexão: Para melhor "distinguir" os seres vivos, uma boa opção é agrupá-los em domínios, reinos, sub-reinos, categorias taxonómicas. Estas últimas estão organizadas por: espécie, género, família, ordem, classe, filo e reino. Todas estas "divisões" facilitam a caracterização e identificação de cada ser vivo.

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