Canais anastomosados ou entrelaçados (braided channels). Ocorrem em zonas baixas e aplanadas, onde as águas podem correr vigorosamente através de múltiplos canais. (Fotos, Nuno Correia, Agosto 2008)
Nas praias podem ocorrer lagunas ou mares temporários e elevações. As costas apresentam um perfil típico, com cristas e patamares que se relacionam com os diferentes níveis de marés. Uma costa pode elevar-se sobre o nível do mar, em qualquer fase do seu desenvolvimento, e converter-se assim num relevo terrestre, ocupando uma posição determinada relativamente à linha de costa e, ao mesmo tempo, originando-se uma nova linha de costa como resultado da emersão. As costas assim originadas designam-se praias levantadas ou terraços marinhos e estão relacionadas com anteriores níveis do mar, no Quaternário. É de notar que, nos tempos actuais, não são de facto praias, pois já não são submetidas à acção das ondas e das correntes, embora sejam erodidas e destruídas por outros agentes. As praias levantadas são uma resposta a movimentos de elevação (movimentos epirogénicos) de uma massa continental próxima do litoral. As restingas ou cordões litorais são acumulações de materiais com ligação à faixa litoral e uma extremidade livre e encurvada. O desenvolvimento destes cordões nos estuários pode levar à formação de lagunas, que, muitas vezes, acabam por ser assoreadas. As ilhas-barreira estabelecem-se com a formação de um cordão de areia paralelo à costa e com instalação de uma laguna.
Nas praias podem ocorrer lagunas ou mares temporários e elevações. As costas apresentam um perfil típico, com cristas e patamares que se relacionam com os diferentes níveis de marés. Uma costa pode elevar-se sobre o nível do mar, em qualquer fase do seu desenvolvimento, e converter-se assim num relevo terrestre, ocupando uma posição determinada relativamente à linha de costa e, ao mesmo tempo, originando-se uma nova linha de costa como resultado da emersão. As costas assim originadas designam-se praias levantadas ou terraços marinhos e estão relacionadas com anteriores níveis do mar, no Quaternário. É de notar que, nos tempos actuais, não são de facto praias, pois já não são submetidas à acção das ondas e das correntes, embora sejam erodidas e destruídas por outros agentes. As praias levantadas são uma resposta a movimentos de elevação (movimentos epirogénicos) de uma massa continental próxima do litoral. As restingas ou cordões litorais são acumulações de materiais com ligação à faixa litoral e uma extremidade livre e encurvada. O desenvolvimento destes cordões nos estuários pode levar à formação de lagunas, que, muitas vezes, acabam por ser assoreadas. As ilhas-barreira estabelecem-se com a formação de um cordão de areia paralelo à costa e com instalação de uma laguna.
As lagunas são um dos tipos de ambientes na interface terra-mar. As lagunas ou bacias parálicas são entidades deprimidas, geralmente pouco profundas, e parcialmente fechadas ao mar por uma barreira. Um tal obstáculo pode ser de areia, os mais comuns, recifal, nos litorais intertropicais ou, mais raramente, rochoso. A comunicação com o mar, temporária ou permanente, é feita através de vaus, que, no caso das barreiras arenosas, podem fechar e abrir ou migrar para um lado ou para outro. À semelhança dos estuários, também muitas lagunas, entre elas, as do nosso litoral, evoluíram em relação com a transgressão flandriana. São o resultado da evolução de estuários que foram posteriormente fechados por um cordão arenoso, como, por exemplo, as lagoas de Albufeira, Óbidos, Santo André e Melides. A Ria de Aveiro é outra laguna que podemos definir como um vasto corpo de água confinado por longo cordão de areia, com a particularidade de conter no seu interior o delta do rio Vouga.
Outras são sistemas complexos de ilhas-barreiras, como a Ria Formosa, ou de Faro-Olhão. Embora pequenas, são ainda lagunas a Ria de Alvor e a Barrinha de Esmoriz.
Na costa de Portugal continental, desenvolvem-se extensos cordões litorais, como, por exemplo, na região de Aveiro, onde houve lugar para a formação de uma laguna e não de uma ria como vulgarmente é conhecida. A laguna de Aveiro é um tipo particular de laguna e designa-se por haff-delta. Do mesmo modo, em Faro-Olhão, formaram-se cordões litorais, que acabaram por levar à formação de uma laguna e não de uma "ria".
Casas típicas da Costa Nova de Aveiro. Ocupação antrópica da ilha-barreira, na foz do rio Vouga. (Fotos, Nuno Correia, Agosto 2008)
A laguna de Aveiro é um tipo particular de laguna e designa-se por haff-delta .
"Ria é uma velha palavra portuguesa que significa esteiro ou grande rio, não havendo razão para desaconselhar o seu uso no caso português. Os nomes das nossas rias de Aveiro, Faro-Olhão e Alvor são muito anteriores ao sentido que foi atribuído e divulgado por F. von Richthofen (1886) às rias galegas. Por influência do geógrafo alemão e seus continuadores, as rias de Aveiro e de Faro-Olhão, passaram então a ser referidas, por alguns autores, como Haff-deltas ou, simplesmente, Haff, termo alemão que significa laguna."
Galopim de Carvalho.
Para além de outras estruturas anamórficas e no que se refere ao litoral de Portugal, existem os tômbolos, de Peniche e do Baleal e as restingas mais ou menos desenvolvidas, enraizadas no extremo sul das fozes de todos os rios portugueses do Minho ao Mira. As lagunas podem ser de água salobra, salgada ou hipersalgada, consoante a quantidade relativa de água doce que, eventualmente, recebam por via pluvial e fluvial, e de água do mar que, de tempos a tempos, as invada.
Fonte: http://sites.google.com/site/geologiaebiologia/Home/geologia-problemas-e-materiais-do-quotidiano/zonas-costeiras
Reflexão: Existem várias formas de depositação como aquelas que abordamos neste post : praia, restinga, baía, tômbolo, laguna e ilha-barreira.
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